segunda-feira, 25 de julho de 2011

Roteamento – Resumo Rápido

Resumão sobre Roteamento e os principais aspectos cobrados pela CISCO no exame CCNA.
Tipos de roteamento e um pouco de suas particularidades.


Roteamento

Para ser capaz de efetuar o roteamento de pacotes, o router deve ter conhecimento de, no mínimo, o seguinte:

º Endereço de destino;
º Routers vizinhos;
º Rotas possíveis as redes remotas;
º Melhor rota para cada rede remota;
º Como manter e verificar informações relativas ao roteamento.

Existem hoje 3 tipos de roteamento, são eles: Roteamento Estático, Roteamento Default e Roteamento Dinâmico.

Roteamento Estático
A tabela de roteamento da rede deve ser configurado manualmente pelo administrador da rede. A cada nova atualização na rede, o administrador deve efetuar as devidas configurações em todos os roteadores.
A sintaxe para configuração das rotas estáticas é a seguinte:
# ip route 172.16.30.0 255.255.255.0 172.16.20.2 , onde, ip route é o comando, 172.16.30.0 é a rede destino, 255.255.255.0 é a máscara da rede e 172.16.20.2 é o endereço do próximo ponto (next hope).

Roteamento Default
Utilizado para encaminhar pacotes para redes que não estam na tabela de roteamento.
Se configurado sozinho, devem ser configurados em redes chamadas stub, ou seja, redes com apenas uma interface de saída.
Rotas Default são utilizadas somente em último caso (last resort gateway).
A sintaxe para configuração é a seguinte:
# ip route 0.0.0.0 0.0.0.0 [endereço próx. Salto / interface de saída]

 Ex.: #ip route 0.0.0.0 0.0.0.0 serial0/0
#ip route 0.0.0.0 0.0.0.0 fastethernet0/1
Podemos utilizar Roteamento Default, por exemplo, para fazer o encaminhamento das requisições de usuários à endereços da Internet. Isso em redes onde não se tem configurado roteamento dinâmico.
Obs.: Para IOS com sistema inferior ao 12.x o comando #ip classless precisa ser utilizado, já que, routers cisco trabalham por default com redes classfull.

 Roteamento Dinâmico
 - Utiliza protocolos para efetuar o roteamento.
 - Utiliza largura de banda (bandwidth) em links inter-routes, além de exigir que o processamento seja feito pela CPU do router.
 - Os protocolos de roteamento exigidos pelo CCNA são:
  RIP (Routing Information Protocol)
  IGRP (Interior Gatway Routing Protocol)
  OSPF (Open Shortest Path First)
  EIGRP (Enhanced Interior Gatway Routing Protocol)
 - Protocolos utilizados em internetwork são denominados: IGP e EGP.
 - Quando for configurar router deve-se sempre se atentar ao valor da Distancia Administrativa (Administrative Distance – AD).
 - AD é representada por um número inteiro entre 0 – 255, sendo 0 a rota mais confiável e 255 uma rota inalcançável.

Tipo de protocolo de Roteamento Dinâmico

 Distance Vector – utiliza como métrica a distancia à rede remota (hop count).
 Link State – utiliza como métrica o caminho mais curto à rede remota.
 Hybrid – protocolo com caracteristicas de Distance Vector e Link State.

Distance Vector
 - Envia tabela de rotemento completa aos router vizinhos.
 - Um ex. De protocolo DV é o RIP.
 - O RIP pode realizar balanceamento de carga de até 6 links com o mesmo custo.
 - Para minimizar a ocorrência de loops de roteamento, pode-se utilizar um mecanismo chamado “maximum hop count”, este define um número máximo de saltos que o pacote deve atravessar antes de ser descartado. O RIP permite uma contagem máxima de até 15 saltos.
 - Outra solução para que se possa evitar loops é utilizar o “split horizon”, que impõe a seguinte regra: “ a informação não pode ser enviada de volta na mesma direção em que foi recebida”. O slipt horizon vem habilitado por default quando um protocolo do tipo DV é ativado.
 - Route Poisoning (Envenenamento de Rota): Quando a rede falha, o router mais próximo insere em sua tabela o valor 16, ou seja, a rede fica inalcançável.
 - Holddowns: inibe a reativação de uma rede inalcançável. Também age na prevensão de mudanças repentinas na rede, dando um tempo para que a rota possa ser reativada. Utiliza triggered update para alertar vizinhos sobre as mudanças na rede.

Caracteristicas do RIP
 - Envia tabela de roteamento completa a cada 30 segundos.
 - Utiliza apenas hope count como métrica.
 - Limita a contagem de hops a 15 saltos. (inviável para grandes redes)
 - O RIPv1 utiliza roteamento classful.

RIPv2
 - RIPv2 suporte VLSM, ele propaga informação da máscara em suas atualizações.

Protocolo IGRP
 - Proprietário da CISCO.
 - Contagem máxima de 255 saltos ( default 100 ).
 - Utiliza bandwidth e atraso da linha ( delay of the line ) como métrica.
 - Permite utilização de outras métricas ( MTU, Load Balance e Reability ).

Link State – Protocolo OSPF
 - Definido pela RFC1247.
 - Leva em consideração a largura de banda na escolha da melhor rota.
 - Propagação feita por multicast.
  Obs.: Em redes OSPF a área 0 (backbone area) deve existir e todas as outras áreas devem se conectar a ela.

DR/BDR
 - Utilizado em redes multiacesso com OSPF.
 - O router com maior prioridade será o DR (Roteador Designado em português).
 - Se a prioridade for igual, o ID ( RID ) é utilizado para desempate.
 - O custo pode ser sobrescrito usando-se um valor entre 1 – 65535.

Protocolo EIGRP
 - Protocolo do tipo classless.
 - Caracteristicas de DV e Link State.
 - É capaz de lhe dar com máscara de rede.
 - Oferece suporte a autenticação.
 - Limite de saltos é de 224.
 - Devem pertencer ao mesmo AS (Autonomous System).

RTP – Reliable Transport Protocol
 - Utilizado pelo EIGRP para gerenciar o fluxo de informações.
 - Quando o EIGRP envia o tráfego multicast, utiliza endereço de classe D (224.0.0.10).
 - O RTP é feito para garantir a integridade das informações trafegadas.


É isso aí, resumo rápido e direto, serve como lembrete e pode dar uma diretiva legal pra quem esta estudando a parte de roteamento.


Até a próxima !!!



FONTE: Estude CCNA e LIVRO CCNA 4.1 - Guia Completo de Estudos - Marco Aurélio Filippetti

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